sábado, 1 de dezembro de 2007
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Gilles Miquelis
Gilles Misquelis, artista plástico frances, concluiu o curso em 2001 na Escola Superior de Belas Artes em Montpellier, França. Achei de certa forma interessante como o artista aborda o corpo com o espaço...o pormenor de elementos presentes no corpo que nos seus extremos se parecem diluir nas pinceladas dinâmicas do próprio espaço, por elas "criado". Gosto particularmente da divergência, relativamente ao tratamento da pincelada aplicadas de diferentes formas, que de certa forma, se parecem contradizer na obra mas que completam o seu todo..o seu conceito nela presente.
Em geral, acerca da temática das suas obras, muitas delas parecem minis episódios com um carácter quase sociológico sobre uma parte importante do nosso espectáculo quotidiano. Interrogamo-nos mais profundamente sobre a essência da imagem e dize-lo sem grande ênfase, sobre a essência humana.
Temos a frente dos nossos olhos a crónica da nossa actualidade, sem embelezamentos, completamente tratado a crú, mas também, segundo Miquelis, sem se tratar de uma caricatura ou registo grotesco, nem critíca social, politíca, ideológica ou até moral. Miquelis não julga nada, apenas se "satisfaz" em constactar.
能 羽衣
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Espaço
espaço [i∫pásu]. s. m. (Do lat. spatium).
1. Área, zona determinadas, numa superfície de maiores ou menores dimensões. Espaço interdigital. Espaço intercostal. espaço aéreo, o que está sobreposto ao território de um país que possui direitos de soberania sobre o mesmo. espaço cósmico, Astr. Região espacial que exclui a Terra e a sua atmosfera. 2. Recinto, dependência, casa… onde é possível desempenhar determinada actividade ou é susceptível de ser visitado. A Junta de Freguesia tem um espaço cultural. Um espaço para concertos. Um espaço teatral. espaço verde, superfície ajardinada ou com arvores numa cidade, num centro populacional. Uma cidade com muitos espaços verdes. 3. Capacidade, lotação de um lugar, de um recinto, de uma sala… A sala já tem pouco espaço para mais móveis. A estante que comprei é óptima, tem espaço para os meus livros todos. 4. Mat. Designação dada a certos conjuntos onde foi definida alguma operação ou relação com certas propriedades. base de um espaço vectorial, espaço métrico, conjunto onde está definida uma distância. espaço vectorial, estrutura constituída por um conjunto de elementos, chamados vectores, e um corpo, cujos elementos se chamam então escalares em que está definida uma adição de vectores e uma multiplicação dos escalares pelos vectores gozando de certas propriedades. espaço psicológico, aquele em que se define uma topologia, geometria no espaço. a espaços, loc. adv. 1. com intervalos regulares; de tempos em tempos. 2. Aqui e além. 3. Ocasionalmente. de espaço, loc. adv, devagar ou sem pressas; pausadamente. de espaço a espaço, loc. adv, o m. que a espaços. por espaço de, loc. prep. Durante o tempo, período de… dar espaço, dar tempo; dar folga. perder-se nos espaços. 1. Divagar. 2. Andar errante; vaguear. ter espaço de manobra, ter possibilidades de actuação para conseguir sair de uma situação difícil ou complicada.
Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa e Editorial Verbo, 2001, pag.1522
Raul Rabaça
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Axel Pahlavi
Obra de um artista contemporaneo françês, Axel Pahlavi, intitulado "je t'aime".
(nao consegui encontrar as medidas deste trabalho)
Galeria Evahober
Esta obra, segundo uma referência de um blogue de uma artista plastica, terá sido a mais chocante na ultima Feira Internacional De Arte Contemporanea em Paris.
Segundo a mesma, havia sempre diante dele grupos de pessoas paradas a olhar aterrorizadas e chocadas para este ícone de violência banal, que em França mata uma mulher a cada cinco dias.
http://horvallis.blogspot.com/2005_11_01_archive.html
citando agora Oscar Baenza em"Contrastes", revista Visão, Porto. 2005/06/13.
"Penso que quem faz pintura tem de assumir um compromisso político, porque quem faz pintura está completamente desenquadrado do que se entende por arte contemporânea. Eu até diria que a pintura não tem nada a ver com a arte contemporânea".[O pintor, ouvido neste artigo].
Pareceu-me cheia de sentido esta obra, porque no fundo "toda" a arte é política, e quer queiramos, quer não, passa sempre uma mensagem.
continuação, Ana Ramos*
A MICROCHIP INSIDE THE BODY
However, one can also read Kac's work from another perspective, as a sign of a biological mutation that might eventually take place, when digital memories will be implanted in our bodies to complement or substitute for our own memories. This reading is clearly authorized by the associations the artist makes between the implant of a numerical memory in his own body and the public exhibition of his familial memories, his external memories materialized in the form of photographs of his ancestors. These images, which strangely contextualize the event, allude to deceased individuals whom the artist never had the chance to meet, but who were responsible for the "implantation" in his body of the genetic traces he has carried from childhood and that he will carry until his death. Will we in the future still carry these traces with us irreversibly or will we be able to replace them with artificial genetic traces or implanted memories? Will we still be black, white, mulatto, Indian, Brazilian, Polish, Jewish, female, male, or will we buy some of these traces at a shopping mall? In this case, will it make any sense to speak of family, race, nationality? Will we have a past, a history, an "identity" to be preserved?...", in "A MICROCHIP INSIDE THE BODY" de Arlindo Machado : http://ekac.org/amach.html
Raul Rabaça
UM SIGNO NA PINTURA
Jorge Pinheiro, "Porquê?", 130 cm x 162 cm, Óleo s/Tela
«Jorge Pinheiro: um pintor, um signo. Na procura de uma verdade pictórica, o pintor deixa percorrer a sua obra de uma luz que 'incendeia', com uma arqueologia nostálgica e com a fragilidade de uma existência longínqua, ícones, índices e símbolos.»
(Oferenda Esquecida, Textos de João Miguel Fernandes Jorge )
"Para Jorge Pinheiro o desenho é um instrumento de conhecimento do mundo; um conhecimento finito, lento, continuado em cada esboço, em cada fragmento. O desenho expressa a minúcia de um pensador sobre a consciência da metamorfose do corpo e da metamorfose da alma. A velhice é um dos seus temas. Algumas das figuras estão estendidas no leito de morte, parecendo esperar, pacientes, sem desafiar o destino. A delicadeza do traço na mancha do papel deixa vastos momentos de vazio, que ficam assim, dados à contemplação, entre a figura encolhida, à espera da sua vez, e o branco onde tudo poderia começar. Jorge Pinheiro desenha mãos, desenha rostos, desenha corpos, desenha os panos e os véus que os cobrem. Eu penso que o artista quer testemunhar o tempo e o seu poder de orquestrar o esvaimento. As figuras prostradas já estão docilmente dentro da noite serena. O poeta deseja a eternidade da luz e do incessante pulsar do frenesim do dia. Do not go gentle into that good night,/ Old age should burn and rave at close of day;/ Rage, rage against the dying of the light. [Dylan Thomas]. (Não entres docilmente nessa noite serena,/ porque a velhice deveria arder e delirar no termo do dia;/odeia, odeia a luz que começa a morrer). [trad. de Fernando Guimarães]. Eu diria que Jorge Pinheiro sabe que a luz se apaga e que não se pode pedir emprestada a luz das estrelas; mas também sabe que essa luz pode renovar-se. Ao lado de mãos gastas, aparecem mãos lisas, de crianças, gerações entrelaçadas ao ritmo da luz e da escuridão, da rapidez e da lentidão, do antes e do depois, do fim e da esperança."
(Fátima Pombo Porto, Outono de 2006)
Henrique Carvalho
Por vezes provocando algum escândalo, OUTRAS VEZES...
Carpe Diem (12), 1998Escultura em resina e fibra de vidro, tecido e madeira
165 x 200 x 200 cm
Cortesia Galeria Pedro Oliveira, Porto
Quando observamos as obras de Julião Sarmento, quer as mais recentes, quer as obras de início da sua carreira, facilmente verificamos que o artista utiliza um conjunto de temas que se repetem, quase como obsessões que atravessam todo o seu trabalho. Em primeiro lugar o desejo representado nos corpos que, umas vezes de forma explícita, outras subtilmente sugerida, se dirigem aos nossos fantasmas mais recônditos. Desta forma, a obra de Sarmento, dirigindo-se à nossa imaginação, dá um papel extremamente importante ao espectador, fazendo-nos reflectir sobre nós mesmos e os nossos processos psicológicos (construir um universo de imagens que apelam à nossa imaginação e à nossa capacidade ficcional).
O seu percurso desenvolveu-se desde o final dos anos setenta, tendo vindo a utilizar a pintura, a fotografia, o filme e o vídeo, bem como a escultura. Desde o início da sua obra, Julião Sarmento tem uma forte influência cinematográfica e a sua pintura recolhe um carácter fragmentário que a aproxima da imagem cinematográfica. De facto, à semelhança do que acontece no cinema, em que o espectador nunca vê a completude de uma cena.
Em suma, o trabalho de Julião Sarmento representa, sempre um desafio para o espectador, instado a projectar-se no que vê, pronto a ser apanhado na armadilha do voyeurismo. (Voyeurismo é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas (o indivíduo não interage com o objeto). Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupa interior, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o voyeur)
Mas afinal, essa não é uma armadilha indissociável da nossa vontade de olhar o mundo e os outros?
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Nobuyoshi Araki
http://www.designautopsy.com
Magritte
algumas ideias de arte segundo Gerard Merz
_passo a citar excertos da entrevista em que revela a sua perspectiva:
_"Não há contradição entre o clássico e o moderno"
_"Quero uma arte que me permita confiar nos meus olhos."
_"Só me interessa a arquitectura como modelo e ideal de uma condição perfeita para o espirito humano."
_chega mesmo a afirmar que "A arte não serve as pessoas."
_"a arte é um dominio especifico do patrimonio da humanidade, eterno e imutavel, cujas leis tem de ser estudadas, apreendidas e respeitadas."
_"As formas artisticas provem das formas artisticas.A arte é não livre como a fisica ou a matematica.Nunca tive a sensação de ser livre e poder fazer o que quizesse."
_"A ideia de originalidade está a destruir a arte.Cada vez mais gente quer inventar coisas e isso nã pode ser."
_"A ideia de que cada um exprima o que há dentro d si é pedante e infantil.Dentro de um artista há o mesmo que dentro de uma pessoa qualquer.Dentro de um artista não há nada para exprimir.O lugar desse nada deve ser ocupado pela memoria e pelo conheçimento.é porque se julga que a arte é livre que há tanta gente estupida e ignorante a fazer coisas que apresentam como arte."
_"A arte não é uma verdadeira ciência, mas exig, tal como as ciências, um conhecimento, uma educação, descobrimos que só há um caminho certo.(...)"
_"O dominio da arte encerra um potencial de beleza que deve ser restabelecido e preservado."
_"Em arte, se todas as proporções e condições estiverem correctas, apareçe a beleza.Se fores racional, claro, correcto, concentrado, podes criar beleza.Como Deus.(...)."
_"só há um caminho!"