PENUMBRA
14 JUL-15 OUT 2006
“Viajar é como estar sentado diante de um quadro que actua sobre a pessoa como um pano de fundo, a enquadra e dá uma direcção à sua viagem. Também se poderia pensar (experienciar) como um estado em que espaço e tempo se diluem um no outro. Sente-se a viagem como uma paralisação, uma constante, um caos, que surge com uma determinada precisão que não é, contudo, percepcionada como verdadeira devido à passividade do viajante. Este regista e recolhe o que experiencia. O efeito interior dos seus conceitos éticos determina aquilo que ele procura na viagem.” Luc Tuymans, Caderno de apontamentos 3, c.1978 “Penumbra” apresenta uma selecção, pequena mas representativa, de 21 obras realizadas entre 1978 e 2004, contextualizada por diversas fontes e referências. Durante a organização desta exposição houve uma permanente troca de ideias com o artista, na tentativa de encontrar uma perspectiva espacial e propor uma reflexão sobre as conexões intelectuais da pintura de Tuymans: um diálogo em imagens estáticas e móveis, em objectos e textos.
A exposição mostra dois níveis do processo artístico que se encontram intimamente ligados no acto de pintar: o processo intelectual e o processo material.
Os espaços da Casa de Serralves, que Tuymans adaptou pela segunda vez, depois de já o ter feito para a sua exposição com Mirosław Bałka em 1998, são o palco de uma produção que rejeita tanto a arquitectura do edifício como a derivação genérica ou conclusiva de cada obra individual. Apenas o quadro que pertence à colecção do Museu de Serralves toca as paredes do edifício. As outras obras, bem como a documentação que as acompanha, estão dispostas nas duas faces de paredes amovíveis especialmente instaladas para a ocasião. A circulação por átrios, salas e corredores proporciona uma espécie de associação livre, incentivada pela lógica.", em "Luc Tuymans, Dusk / Penumbra" (cat. de exposição), Porto,Museu de Arte Contemporânea da Fundação
de Serralves, 2006.
Raul Rabaça
14 JUL-15 OUT 2006
“Viajar é como estar sentado diante de um quadro que actua sobre a pessoa como um pano de fundo, a enquadra e dá uma direcção à sua viagem. Também se poderia pensar (experienciar) como um estado em que espaço e tempo se diluem um no outro. Sente-se a viagem como uma paralisação, uma constante, um caos, que surge com uma determinada precisão que não é, contudo, percepcionada como verdadeira devido à passividade do viajante. Este regista e recolhe o que experiencia. O efeito interior dos seus conceitos éticos determina aquilo que ele procura na viagem.” Luc Tuymans, Caderno de apontamentos 3, c.1978 “Penumbra” apresenta uma selecção, pequena mas representativa, de 21 obras realizadas entre 1978 e 2004, contextualizada por diversas fontes e referências. Durante a organização desta exposição houve uma permanente troca de ideias com o artista, na tentativa de encontrar uma perspectiva espacial e propor uma reflexão sobre as conexões intelectuais da pintura de Tuymans: um diálogo em imagens estáticas e móveis, em objectos e textos.
A exposição mostra dois níveis do processo artístico que se encontram intimamente ligados no acto de pintar: o processo intelectual e o processo material.
Os espaços da Casa de Serralves, que Tuymans adaptou pela segunda vez, depois de já o ter feito para a sua exposição com Mirosław Bałka em 1998, são o palco de uma produção que rejeita tanto a arquitectura do edifício como a derivação genérica ou conclusiva de cada obra individual. Apenas o quadro que pertence à colecção do Museu de Serralves toca as paredes do edifício. As outras obras, bem como a documentação que as acompanha, estão dispostas nas duas faces de paredes amovíveis especialmente instaladas para a ocasião. A circulação por átrios, salas e corredores proporciona uma espécie de associação livre, incentivada pela lógica.", em "Luc Tuymans, Dusk / Penumbra" (cat. de exposição), Porto,Museu de Arte Contemporânea da Fundação
de Serralves, 2006.
Raul Rabaça
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